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Crédito para energia solar

Potencial. Energia solar gerada em residências terá crédito para pessoas físicas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país | Foto: PEDRO GONTIJO – 19.12.2013

Potencial. Energia solar gerada em residências terá crédito para pessoas físicas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país | Foto: PEDRO GONTIJO – 19.12.2013

Governo cria financiamento de R$ 3,2 bilhões para geração por placas instaladas em residências

Brasília. O Ministério da Integração Nacional anunciou na quarta-feira (4) que os fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-oeste vão ofertar R$ 3,2 bilhões em linhas de crédito para a instalação de placas para captar energia solar em residências nas três regiões e também no Norte de Minas Gerais. Para os interessados no Norte e Nordeste, os juros cobrados serão de 6,24% ao ano. Para as residências no Centro-Oeste, eles serão de 7,33% ao ano. A busca do financiamento deve ser feita a partir dos bancos do Nordeste, da Amazônia (para a região Norte) e do Banco do Brasil (para a região Centro-Oeste).

O anúncio foi feito em reunião quarta-feira dos conselhos deliberativos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde está inserida a região Norte de Minas, e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), no Palácio do Planalto. O colegiado é a instância máxima das autarquias, vinculadas ao Ministério da Integração Nacional.

De acordo com a pasta, a iniciativa tem impacto positivo na renda das famílias atendidas, ao reduzir o custo com o consumo de energia, além de fortalecer a matriz energética, incentivando o uso de fontes renováveis. “Isso estará ampliando a oferta de energia limpa, de qualidade, respeitando o meio ambiente”, disse o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, na abertura da reunião.

Aproximadamente 80% dos brasileiros querem energia solar fotovoltaica em casa, desde que tenham acesso a financiamento competitivo (dados de pesquisa DataFolha, 2016). O Brasil tem hoje 24.565 sistemas de mini ou microgeração distribuída, dos quais 99% baseados em placas fotovoltaicas.

O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, que esteve presente ao evento, disse que a medida vai ajudar a democratizar o acesso a energia solar. “É um dia histórico. Um dos gargalos do setor é justamente a carência de linhas de financiamento para pessoas físicas”, completou.

De acordo com ele, além de contribuir para reduzir os gastos com energia elétrica e colaborar com a sustentabilidade, a linha de crédito vai impulsionar a geração de vagas no setor. “A cada megawatt instalado são gerados de 25 a 30 postos de trabalho”, observa.

Sauaia disse que com investimento de cerca de R$ 15 mil é possível ter energia solar numa casa com quatro pessoas, com gasto de energia de 190 quilowatt-hora por mês. “É possível reduzir os gastos com energia elétrica de 80% a 90%”, calculou.

Energia eólica “sai” barata

São Paulo. O preço da energia eólica no leilão A-4 realizado nesta quarta-feira – de R$ 67,6 por megawatt-hora, o que representou deságio de 73,5% frente ao preço máximo estabelecido –, é fruto de questões conjunturais brasileiras, como, por exemplo, o grande volume de capacidade ofertado e a baixa demanda relatada pelas distribuidoras, avaliou a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

A entidade lembrou que o setor ficou dois anos sem leilão – de novembro de 2015 a dezembro de 2017 – e avalia que isso causou um grande represamento de projetos. “Ainda que a queda dos preços das eólicas seja uma tendência global, no caso do Brasil ainda é cedo para afirmar que o setor encontrou uma média de preços que venha a ser adequada para um cenário futuro, com economia crescendo e com contratações de energia que atendam às necessidades de expansão da matriz elétrica”, afirmou.

Autoridades governamentais consideraram o preço um fato possivelmente isolado, tendo em vista que foi contratado um baixo volume proveniente dessa fonte, em quatro projetos na Bahia provenientes de um mesmo empreendedor.

 Dezessete distribuidoras compram

São Paulo. Um total de 17 distribuidoras adquiriram energia no leilão de energia nova A-4, realizado na quarta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A maior compradora foi a Coelba, do grupo Neoenergia, adquirindo 8,83 milhões de megawatts-hora (MWh), dos 54,094 milhões negociados.

A distribuidora goiana Celg, da Enel, contratou outros 5,783 milhões de MWh, enquanto a Elektro, também do grupo Neoenergia, adquiriu outros 5,65 milhões de MWh. Destaque, ainda, para o grupo Energisa, adquiriu 10,6 milhões de MWh.

A luz vai subir

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nos últimos dias os seguintes reajustes:

9,87% (médio) nas tarifas da Energisa Mato Grosso do Sul

16,9% (médio) nas tarifas da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista)

11,53% (médio) na tarifa da Energisa Mato Grosso

25,87% é o índice médio proposto pela Aneel para a Cemig, mas percentual ainda está em discussão.

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