Serão testados ainda planos de iluminação e transporte de lixo “inteligentes”. “Nosso foco são os gestores municipais. Queremos que eles tenham acesso aos projetos que forem aprovados e que recebam o selo do Inmetro”, disse o presidente da ABDI, Guto Ferreira.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) também anunciaram, no mês passado, planos de financiamento para a chamada internet das coisas (objetos conectados à rede que se comunicam mutuamente).
Valor das coisas. Em estudo encomendado pelas instituições federais, a consultoria McKinsey calculou a “cadeia de valor” da internet das coisas, levando em conta novos negócios, geração de emprego e economia de gastos públicos, entre outros itens. A conclusão é que o setor, até 2025, poderia adicionar pelo menos US$ 50 bilhões (R$ 188 bilhões) à economia brasileira. O valor equivale a 11% do PIB atual do país.
Pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Luis Azevedo Guedes acredita que o Brasil precisa avançar, primeiramente, na geração, e, em seguida, na digitalização de dados a serem monitorados nas mais diferentes áreas, de saúde à educação, passando por mobilidade urbana e segurança. A terceira camada dessa pirâmide é integrar os dados ao planejamento das cidades.
O estudioso cita, como experiências bem-sucedidas, o Centro de Operações Rio de Janeiro, que reúne informações da cidade sobre trânsito, clima e ocorrências da Defesa Civil, e o sistema de monitoramento de contratos do governo fluminense criado pelo Ministério Público estadual do Rio. “O Brasil não consegue chegar à camada da digitalização dos dados. Cada troca de governo altera a continuidade dos serviços. A dificuldade é a integração”, revela.
Flash
Degustação. Depois de instaladas as primeiras soluções, prefeitos de cidades brasileiras serão convidados a ir até a cidade inteligente do Inmetro para conhecer as iniciativas em uma espécie de showroom.
Fonte: https://www.otempo.com.br